A estrutura de um programa de aprendizagem para a força de trabalho do século XXI
O último post da série Novo método de aprendizado (modelo apresentado por Francisco Antonio Soeltl, presidente da MicroPower e da comunidade Learning & Performance Brasil, no livro e-Learning no Brasil: retrospectiva, melhores práticas e tendências) tem como tema a aplicação do design instrucional.
As pessoas aprendem de diferentes maneiras, algumas são mais visuais, outras auditivas; algumas precisam apenas de um conteúdo de áudio, já outras têm de ler apostilas, fazer anotações e ter o suporte de um instrutor ou orientador durante todo o processo de aprendizado. Dessa forma, o design ou desenho instrucional também trabalha diferentes estratégias, como o estudo de público-alvo, a criação de personagens e acompanhamento dos alunos no processo de formação, entre outros fatores, para tornar a experiência com o conteúdo muito mais interessante e proveitosa.
Durante o processo de desenho e desenvolvimento de programas de aprendizado, o gestor de treinamento lança mão de teorias de aprendizado adulto, pedagogia, métodos de instrução e mídia justamente para atender sua audiência – indivíduos em idades, funções e com vivências distintas – da melhor maneira possível.
Em seu livro, Soeltl inclusive explica que existem muitas escolas de pensamento sobre estilos de aprendizado, bem como teorias de aprendizagem. Um dos estudiosos que ele destaca é Robert Gagne, behavorista considerado um dos principais ou o principal pesquisador e contribuinte da abordagem comportamental sistemática ao design instrucional.
Soeltl explica que o pesquisador criou nove eventos de instrução que correlacionam e abordam as condições de aprendizado. Esses eventos são:
Obter atenção;
Informar aos alunos sobre as metas;
Estimular a recordação de aprendizados prévios;
Apresentar o conteúdo;
Fornecer uma orientação de ensino;
Evocar desempenho (prática);
Fornecer retorno;
Avaliar performance;
Aumentar a retenção e a transferência ao trabalho.
No que diz respeito à influência de elementos midiáticos – técnicas visuais e/ou áudio utilizados para exibir palavras e ilustrações no processo, como texto, narração, música, diagramas estáticos, fotografias e animações – Soeltl explica que a seleção e a qualidade desempenham um papel significativo, tornando os cursos e o material de suporte muito mais expressivos. “O novo meio de aprendizagem do século XXI é, por design, uma série contínua que suporta o aprendizado desde a ciência do iniciante, passando por todas as fases, até o domínio e a melhora da performance individual que terá um impacto nos negócios”, conclui o presidente da MicroPower.
Referência: e-Learning no Brasil: retrospectiva, melhores práticas e tendências, de Francisco Antonio Soeltl.