A estrutura de um programa de aprendizagem para a força de trabalho do século XXI
Sabemos que hoje as empresas mesclam atividades em sala de aula tradicional e no meio online, já que cada um tem sua importância e aplicabilidade no processo de aprendizagem. Como os dois modelos possuem características distintas, com funções e limitações, eles podem atuar de forma complementar, beneficiando negócios e pessoas.
No entanto, mais importante do que simplesmente o método, a qualidade do desenho do aprendizado é o que de fato determina a retenção do conhecimento, conforme destaca Francisco Antonio Soeltl, presidente da MicroPower e da comunidade Learning & Performance Brasil, no livro e-Learning no Brasil: retrospectiva, melhores práticas e tendências.
Na obra, Soeltl também apresenta um novo modelo de desenho de aprendizado dividido em quatro partes:
Análises de aprendizado
Categorias de metas de aprendizado
Métodos de apresentação de aprendizado
Aplicação do design instrucional
Esse modelo foi criado justamente para dar suporte aos profissionais e fornecedores de programas de aprendizado na tomada de decisão sobre qual o melhor desenho e a utilização de diferentes modalidades de aprendizado. Neste primeiro post, destacaremos os pontos mais importantes da primeira categoria: análises de aprendizado. Confira!
Análises de aprendizado
Algumas ações são determinantes dentro da etapa de análises de aprendizado para a evolução do processo. É preciso avaliar os requisitos de negócio, de desempenho, de aprendizado e fazer análises de conteúdo e tarefas.
A avaliação de requisitos de negócio ajuda o profissional de aprendizado a analisar as modalidades de programas de aprendizagem necessárias ou como as necessidades do negócio podem ser tratadas. Ela determina que tipos de competências pessoais a organização necessita a curto e longo prazos. Segundo Soeltl, ela também ajuda a fixar prioridades e alocar investimentos.
Em seguida vem a avaliação de requisitos de desempenho, na qual é determinada uma “lacuna de desempenho”, o delta entre o desempenho efetivo e o esperado. No estágio de avaliação de requisitos de aprendizado, avalia-se a intervenção de aprendizagem mais efetiva para reduzir a lacuna do desempenho – ações pontuais ou programas estruturados, mentoring, aprendizado eletrônico.
Por fim, a fase que envolve análises de conteúdo e tarefas inicia-se caso tenha sido identificada a necessidade de se desenvolver um programa de aprendizagem, como o programa em sala de aula, o treinamento web, outro. “O conteúdo é o componente do conhecimento e as tarefas são decompostas com base em habilidades que uma pessoa necessita dominar. Esses dados e informações fornecem inputs para a segunda parte do modelo de desenho de aprendizado profissional”, explica Soeltl.
Na próxima semana, teremos um post sobre a segunda parte desse modelo – Categorias de metas de aprendizado. Não perca!
Referência: e-Learning no Brasil: retrospectiva, melhores práticas e tendências, de Francisco Antonio Soeltl.