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As armadilhas da GC


Apesar do nome Gestão do Conhecimento (GC), o conhecimento não pode ser gerido, mas sim compartilhado e alavancado


Marc Rosenberg começa o capítulo sobre Gestão do Conhecimento (GC) – também conhecida como Knowledge Management (KM) – em seu livro Além do e-Learning, abordagens e tecnologias para a melhoria do conhecimento, do aprendizado e do desempenho organizacional dizendo que em uma empresa inteligente, a GC “reside em ordenar a informação a partir do caos e transformar competências empresariais em ativos reais de negócios”. Para tanto, as estratégias variam. É possível começar codificando e preservando informações importantes; reunir e identificar o conhecimento a ser explorado e ministrado; focar no suporte aos usuários, entre outras estratégias.


Mas esse caminho não é tão simples, uma vez que há certa confusão sobre o real significado da GC. “Alguns a consideram essencialmente como uma solução tecnológica para a gestão do capital intelectual, enquanto outros simplesmente usam o termo que abriga vários enfoques diferentes a fim de fomentar o compartilhamento de conhecimento e a colaboração”, detalha Rosenberg. Segundo o especialista, é preciso ter cuidado para evitar as ciladas relacionadas à gestão de conhecimento. Selecionamos três delas, fique de olho!

Implementar a GC sem alinhamento com a estratégia de negócios da organização. Antes de investir em uma estratégia e em sistemas de GC, é preciso identificar quais os problemas e as oportunidades específicas de negócio que a GC abordará, além de avaliar seus possíveis benefícios. Lembre-se: os sistemas de GC devem ter um proposito real de negócios e oferecerem valor para os usuários. 

Apostar todas as fichas em tecnologia. Essa postura é muito comum dentro de muitas organizações, que começam uma corrida em busca de tecnologias compatíveis com a GC, para depois descobrirem o que fazer com elas. Dessa forma, muito dinheiro é desperdiçado, já que nem sempre a tecnologia é suficiente para a necessidade do negócio ou, o oposto, supre até demais suas principais questões. Por isso, é importante primeiro “entender as questões de aprendizado e desempenho e de negócios para as quais a GC pode ser uma solução e, então, selecionar tecnologia e ferramentas escaláveis que ajudarão a obter os resultados”, explica Rosenberg. O especialista ainda destaca a importância do fator humano para o sucesso com a GC. Como? Por exemplo, mesmo que um conteudista ou editor especializado inclua informações no sistema, ele precisa garantir que o conhecimento seja transmitido da maneira mais simples e direta, além de fazer a triagem daquilo que realmente é relevante para os usuários. 

Imaginar que a GC substitui o treinamento. Ambos são importantes e complementares. A gestão do conhecimento promove uma abordagem integrada para a identificação, captura, avaliação, recuperação e compartilhamento das informações de uma empresa, que podem ser políticas e procedimentos, conteúdos de bancos de dados, entre outros ativos. Conforme descreve Rosenberg, “o treinamento é uma apresentação de conteúdo mais estruturada do que a GC e tem objetivos mais específicos”. Com o tempo, é possível que haja uma evolução lógica da função do instrutor, por exemplo, que embora continue a ensinar, pode passar a atuar como um facilitador, suportando colaboração e servindo como especialista do conhecimento em uma iniciativa de GC. Outra mudança interessante citada pelo especialista, que acontece a partir da integração de GC e treinamento, é o fato da organização de treinamento passar a identificar o conteúdo em qualquer ponto em que ele estiver na empresa e reorganizando-o no contexto do trabalho do usuário. 

Referência: Além do e-Learning, abordagens e tecnologias para a melhoria do conhecimento, do aprendizado e do desempenho organizacional, de Marc J. Rosenberg.

 
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